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Descarte de eletrônicos ainda não tem regras

O Brasil tem menos de um ano para implementar o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos, mas até agora não houve acordo com o setor de lixo eletrônico. Até dezembro, o País deve definir a destinação correta para as 900 mil toneladas de lixo eletrônico que produz a cada ano. De pilhas a geladeiras, todos os aparelhos terão suas regras de logística reversa definidas a partir das quatro propostas enviadas pelo setor ao Ministério do Meio Ambiente, no início de junho. Parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a logística reversa é a estrutura criada por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes para cumprir a meta do governo de recolher 17% da quantidade de produtos que colocam no mercado, em cada um dos quatro tipos de eletrônicos (veja ao lado). "Ainda não há consenso e é provável que o governo obrigue os diferentes setores de eletrônicos a conversar", afirma a advogada Ana Luci Grizzi, especialista em Direito Ambiental. O principal obstáculo para uma proposta única é atender às exigências próprias de diferentes categorias de aparelho no ciclo de reciclagem. A logística para levar um fogão até o ponto de coleta, por exemplo, é mais complexa do que a usada para celulares. A proposta da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros) para facilitar a entrega de equipamentos de grande porte é associar a reciclagem ao momento da compra. "Ao comprar uma geladeira nova, o cliente terá a opção de repassar a antiga no momento da entrega", diz André Luis Saraiva, relator do grupo de trabalho que discutiu o acordo setorial. Segundo ele, o cliente terá de pagar a mais pelo serviço. Entre os de pequeno porte, as propostas para ampliar o descarte correto envolvem mais pontos de coleta e ações de conscientização. "Haverá campanha publicitária mais intensa de educação ambiental", afirma Ana Grizzi.

Data de Publicação: 17/08/2013
Fonte: O Estado de S. Paulo

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