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Parmalat e Líder anunciam recall de 300 mil caixas de leite com formol

A fabricante dos leites Parmalat e Líder UHT integral está convocando recall de mais de 300 mil caixas do produto, de acordo com a Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça. Foi encontrado formol no leite. A empresa LBR, que produz as duas marcas, informou que iniciou campanha para quem comprou o produto, para que seja feita a substituição ou devolução do dinheiro. O leite foi fabricado entre 13 e 14 de fevereiro. De acordo com a empresa, a campanha de chamamento abrange 101.220 produtos Parmalat, com numeração de lote, não seqüencial, de L11D00S1 a L11F23S1. Já a marca Líder tem 199.800 caixas para serem recolhidas, com numeração de A LOB 11, B LOB 9, C LOB 17, D LOB 04, A LOB 12, B LOB 19, C LOB 18 e D LOB 14. Segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Amaury Oliva, as empresas tinham sido notificadas sobre a contaminação do leite com formol no fornecedor e tinham retirado os produtos da venda nos supermercados. — As empresas relutaram em fazer o recall alegando que tinham feito a análise nos lotes e que não tinham encontrado nenhum traço de formol. Mas o formol, apesar de ter sido diluído, há risco de ainda estar presente no leite que foi envasado. Era preciso que essa informação chegasse aos consumidores — disse Oliva, nesta sexta-feira. Leite adulterado encontrado no Sul Cerca de 300 mil litros de leite com a substância cancerígena formol — usado para mascarar a diluição do leite com água — foram processados pelas marcas Parmalat e Líder, da LBR, entre os dias 13 e 14 de fevereiro e vendidos no Paraná e em São Paulo, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP). Em começo de fevereiro, o MP recebeu documentação do Mapa de que 12 amostras de leite cru, coletadas no posto de resfriamento do Laticínios O Rei do Sul, em Condor, continham formol. As amostras foram recolhidas nos caminhões das transportadoras que chegaram ao posto, no silo de armazenamento e no produto já acondicionado para distribuição. Segundo o Ministério da Agricultura, parte deste leite foi entregue à LBR, de Tapejara, que enviou 100 mil litros para Guaratinguetá (SP) e 199 mil litros para Lobato (PR). O leite adulterado enviado para São Paulo foi embalado com a marca Parmalat e o enviado para o Paraná, com a marca Líder. Outros 102 mil litros contaminados estavam sendo processados em uma indústria de Penápolis, mas não chegou a ser vendido.

Data de Publicação: 18/04/2014
Fonte: G1

Mercado de orgânicos avança no País e pequenos empreendedores aproveitam para lucrar

Uma ida ao supermercado mostra o avanço dos orgânicos no Brasil. Antes restritos à área de frutas, verduras e legumes, agora eles estão espalhados por outras gôndolas. Já são vendidas bebidas, roupas, lingerie e até cosméticos feitos com matéria-prima sustentável. E melhor: na visão dos especialistas, ainda existe espaço para quem tem planos de empreender no setor, que deve movimentar robustos R$ 2 bilhões neste ano, segundo estimativas feitas pelo Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD). “O setor cresce de forma estruturada. Ter produtos processados no mercado é uma consequência da estabilidade da produção primária. O investimento para a industrialização é grande e é preciso ter segurança na matéria-prima e no mercado”, afirma Rogério Dias, coordenador de agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário no País. Os orgânicos têm boa aceitação entre os brasileiros, mas, em geral, a percepção é de um produto apenas sem agrotóxico. E para o coordenador executivo do programa Organics Brasil, Ming Liu, uma das maiores dificuldades do setor é justamente modificar a cultura do consumidor. “Se o Brasil conseguir explicar que o orgânico não é só sem veneno, mas que envolve todo um trabalho ambiental e social, seria uma forma de avançar.” Um ponto em comum entre os empresários que se destacam no segmento é justamente esse: investir não apenas no aspecto comercial, mas porque eles se preocupam com o meio ambiente e com todos os envolvidos no processo produtivo. “Quem não está muito convencido que o sistema de produção orgânica está validado, na primeira dificuldade ele vai mudar para o convencional”, afirma. Um desses empreendedores fiéis é o francês David Ralitera, proprietário da Santa Adelaide Orgânicos. Ele veio ao Brasil para trabalhar como executivo da área de propaganda, mas acabou transformando o hobby em projeto desafiador. Mudou-se para uma fazenda em Morungaba, no interior de São Paulo, onde se dedica à pesquisa, produção e entrega de 80 tipos de plantas cultivadas ao longo do ano. “Sou exatamente um cara que aceitou ser estagiário depois de 25 anos de carreira. Estou aprendendo”, conta David, que pretende ser reconhecido pelo processo de produção e pelo investimento em produtos como as cenouras coloridas ou o tomate coração de boi. O empresário Dalmer Maffei também notou o potencial dos orgânicos. E o que começou como um interesse comercial se tornou uma filosofia de vida. Sem nenhum estudo para balizar o negócio, Maffei fez testes com o produto antes do lançamento oficial da Adivita, marca de petiscos para cachorros que chegou ao mercado no ano passado após R$ 600 mil investidos. “O padrão de qualidade da fábrica e do ingrediente tem o padrão de qualidade humano. Não admitimos restos.” Crescimento. Já a evolução da empresa BiO2 mostra o crescimento do próprio mercado de orgânicos. O proprietário, Leandro Farkuh, resolveu investir em barras de cereais quando tinha 18 anos, mas apenas como fabricante para outras empresas. Incomodado com produtos muito artificiais, Farkuh resolveu criar sua própria marca, a BiO2, inicialmente voltada para o exterior. Com a crise de 2009, entretanto, o mercado interno se recuperou e hoje responde por 90% do faturamento da empresa, que vende não apenas barras de cereal, mas chás, suplementos, snacks e até mesmo balas energéticas. E para quem está de olho nos orgânicos, o professor Carlos Khatounian, responsável pela área de agroecologia e agricultura orgânica da Esalq/USP, alerta: o simples fato de dizer que tem um produto orgânico não é garantia de sucesso. “É preciso entender do negócio.” Mercado está em crescimento, mas ter um selo de orgânico não é garantia de sucesso na área. É preciso buscar um diferencial Paixão - Empresário não pode investir nos orgânicos apenas pelo lado comercial. Caso contrário, vai desistir na primeira dificuldade. Setor exige dedicação e pesquisa. Planejamento - Como qualquer outro negócio, é preciso estudar o mercado, estruturar a empresa e conhecer o consumidor. Às vezes, o que o empreendedor gosta não é o que o consumidor quer. Variedade - É possível investir em alimentos, bebidas, cosméticos e na área têxtil. Mas não só na produção, mas na comercialização, processamento ou intermediação. Tem até delivery de cestas orgânicas. Benefícios - Envolvidos no setor devem trabalhar para o consumidor entender os benefícios dos orgânicos, não só a questão do agrotóxico, mas o lado social e ambiental. Contato com o cliente é fundamental. Qualidade - É crescente o interesse por produtos mais saudáveis, mas é preciso ter qualidade. O orgânico tem um diferencial na questão do conceito, mas apenas a origem do produto não garante sua qualidade.

Data de Publicação: 04/05/2014
Fonte: Estado de SP

Parmalat e outras três empresas são multadas em R$ 1 milhão por falhas em rótulos de leite

O Ministério da Justiça informou na tarde desta quinta-feira que as empresas Parmalat, Marajoara, Barbosa Marques (marca Regina) e Cooperoeste foram multadas em R$ 1,174 milhão, no total, por venderem leite UHT integral e leite em pó “em desacordo com a legislação vigente.”A sanção é consequência do desrespeito à informação contida nos rótulos e às normas técnicas que assegurem a qualidade do produto. A ação é resultado do programa de combate à fraude no leite. As multas foram fixadas em R$ 308 mil (Parmalat), R$ 150 mil (Marajoara), R$ 191 mil (Barbosa & Marques) e R$ 525 mil (Cooperoeste) após a instauração de quatro processos administrativos contra as empresas, inspecionadas por técnicos dos ministérios da Justiça e da Agricultura que verificaram a qualidade do leite. Os produtos apresentaram “desconformidade em relação à Resolução RDC da Anvisa n.º 360, de 23 de dezembro de 2003, que trata da rotulagem nutricional de alimentos embalados e estabelece que se admitirá uma variação de 20% com relação ao valor calórico e aos nutrientes declarados no rótulo da embalagem do produto”, informou o Ministério da Justiça. Os leites também estavam em desacordo com a Portaria n. 370/1997, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), relativa ao Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite UHT, que estabelece os parâmetros mínimos de qualidade do produto. Após análise, os leites apresentaram quantidades de carboidratos, proteínas, gorduras diferentes daquelas previstas em suas respectivas embalagens, com variação superior ao permitido.

Data de Publicação: 15/08/2013
Fonte: O Globo

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